quinta-feira, 24 de abril de 2014

Feitiço do amor

O amor chegando entra - me ao pomo
Com o ardume rasteiro do fogo
Logo adentra ao peito contundido
Deixa o coração em eterno sufoco
A chama abrasiva vinda a desenhar
Espinhosa dor a sufocar sem sobrestar
Adormece a alma sem consolo
O sonho reclama por abrigo aos olhos
Põem - se a chorar lagrimas indesejada
Doce vida de outra hora passada a passos
Onde ainda dominava meu próprio eu
Do sangue verde da relva do olhar
Sem dores e mais dores a sufocar-me
Queira Deus que já não sofra
Queira Deus que já não morra
Espero o afago de um árduo abraço
Postulando que a solidão não tome parte
Não sou poeta, menos cançonetista
Sou um louco de rosto em pranto
Sou reserva da erva que a terra criou
Sou bicho humano em matéria de amar

                                    Toinha

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