Nasceu pobre não tem culpa
Não conheceu um lar de verdade
Os pais geralmente desempregados
Excluído desta sociedade.
Desde cedo é colocado
No orfanato ou FEBEM
Lá ele ganha comida
Mas carinho ele não tem
Passa pela rua cabeça baixa
Todos lhe põem apelido
Lá vem o narigudo e barrigudo
Ou mesmo o moleque atrevido.
Já se sente indiferente
Quer-se comer tem que roubar
Fica enfiado na droga
E dar até pra matar
E assim muito tempo depois
Ele é mesmo um marginal
Pena que ninguém se deu conta
Que sua infância não foi natural.
Toinha. 1997
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