quarta-feira, 27 de abril de 2011

Menino abandonado.

Nasceu pobre não tem culpa
Não conheceu um lar de verdade
Os pais geralmente desempregados
Excluído desta sociedade.

Desde cedo é colocado
No orfanato ou FEBEM
Lá ele ganha comida
Mas carinho ele não tem

Passa pela rua cabeça baixa
Todos lhe põem apelido
Lá vem o narigudo e barrigudo
Ou mesmo o moleque atrevido.

Já se sente indiferente
Quer-se comer tem que roubar
Fica enfiado na droga
E dar até pra matar

E assim muito tempo depois
Ele é mesmo um marginal
Pena que ninguém se deu conta
Que sua infância não foi natural.

                                        Toinha. 1997

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