quarta-feira, 9 de maio de 2012

INTERAÇÃO E INCLUSÃO

Fatores essenciais na superação de obstáculos no contexto escolar.

Antonia de Jesus Coelho da Costa Alves
Graduanda do 6º período - Curso Normal Superior Modalidade Telepresencial - UNITINS/EDUCONT
Professora da rede estadual de ensino – Marianópolis do Tocantins – TO.

RESUMO

Maturação. Este artigo tem por objetivo trabalhar metodologias voltadas à prática educativa de forma a incluir todo e qualquer indivíduo no processo de ensino-aprendizagem, onde o aluno sinta-se aceito de forma integral, elevando sua auto-estima com superação de seus temores de forma a desenvolver suas habilidades, de maneira a sentir-se livre e capaz de fazer opções conscientes frente às exigências pessoais e sociais requeridas pela sociedade, integrando-se ao meio grupal. Embora a escola diz aceitar cada ser humano assim como ele é, ainda precisa olhar de forma crítica os erros do passado para melhor aceitação e inclusão do indivíduo portador de dificuldades (deficiências) na aprendizagem escolar, mas que na realidade são pessoas hábeis, com sentimentos, afetividade e igualdade de valores, assim como os demais. Reconhece-se que a aprendizagem projeta no homem a capacidade de modificação e anulação comportamental atribuindo-o a


PALAVRAS-CHAVE: Respeito, participação, interação, inclusão e auto-estima.


1. INTRODUÇÃO

Vive-se em uma sociedade voltada, para as tendências lucrativas a qual na maioria das vezes deixa de lado o bem social implicando a partilha dos direitos e deveres a qualquer ser humano, negando a possibilidade de uma vida digna com direito a uma boa alimentação, moradia e uma escola contribuinte para o desenvolvimento integral do indivíduo.

Portanto o educador tem como pressuposto básico refletir sobre as injustiças e propor que a escola trate as questões sociais, apontando prática da igualdade e da democracia na sociedade, a fim de resolver tais conflitos. A partir daí toma-se rumo às temáticas sociais, contemplando assim, uma aprendizagem que permita efetivar o princípio de participação e exercício das atitudes e dos conhecimentos adquiridos, onde a escolaridade fundamental seja possível que os alunos atuem de forma cada vez mais elaborada, de modo que ao final do processo tenha desenvolvido ao máximo possível suas capacidades, mantendo o auto-respeito para toda e qualquer pessoa, pois raramente se está “bem consigo mesmo” quando há fracassos, pois, o mesmo leva a frustração, podendo levar à depressão, a baixo-estima, contudo, o êxito gera alegria e bem estar. A escola é a mola principal da interação social, basta aplicar metodologias voltadas ao processo interativo, capaz de propiciar ao educando estímulo a partir de metas alcançadas através de trabalhos realizados como a conquista da leitura, de produções de textos, realizações de problemas matemáticos e a socialização das espécies de animais. Tendo a permitir então, a teorização da ação, desenvolvendo, no entanto, o contato da família, da escola e da sociedade em geral, de forma a promoção da aprendizagem de forma participativa aberta aos desafios educacionais, tal como ele se desenvolve.

Segundo Benevides (1991), o valor da liberdade corresponde aos direitos e garantias para o exercício das liberdades individuais ou coletivas.

2. O DESENVOLVIMENTO DO INDIVÍDUO DURANTE O PROCESSO DE APRENDIZAGEM.

O ser humano apresenta um padrão de desenvolvimento muito peculiar comparando a outras espécies animais. O ser humano tem a infância muito prolongada, levando assim, muito mais tempo para chegar a vida adulta, ao contrário das outras espécies, em que os filhotes já nascem praticamente independentes da mãe, capaz de sobreviver por conta própria a partir de uma “infância” ou um período preparatório muito curto, podendo ocorrer por um período mais avançado por influência de adultos ou até mesmo de outros fatores os quais só ao longo do tempo pode mudar seus comportamentos com o crescimento do organismo. Reconhece-se que há vários tipos de maturidades, as quais são tidas como: intelectual, social, emocional e física, as mesmas são interdependentes e desenvolvem-se particularmente, sendo assim, ocorrida sob a influência de fatores internos e externos. Dentre os fatores internos mais conhecidos, os quais são hereditariedade e a maturação. A hereditariedade é concebida na herança individual que cada criança recebe de seus pais, obtendo o resultado de que, uma posição equilibrada propõe que o desenvolvimento é resultante da interação entre fatores internos e externos, sem pretensão de querer medir exatamente o grau de influência de cada fator. A maturação é um fator interno importante que influi no desenvolvimento humano. Esse fator consiste no processo de mudança de organismo determinado de dentro para fora, como o tamanho dos órgãos, a forma que assumem com o crescimento, o desenvolvimento de habilidades, de andar, correr, etc. É evidente que nenhuma dessas mudanças ocorrem sem qualquer contribuição do ambiente, pois a maior parte dos comportamentos, além da maturação interna, necessitam de treinamento e aprendizagem para se desenvolver. Cabe a família a cuidar deste indivíduo de maneira adequada no que diz respeito ao ambiente à alimentação, as condições de vida. Pois as características físicas costumam ter efeito direto sobre o comportamento da pessoa, a partir das reações sociais que provocam. Muitas vezes as pessoas que fogem dos padrões estabelecidas pelo grupo são marginalizadas ou submetidas por esse mesmo grupo. Os fatores externos influenciam de maneira muito acentuada o comportamento da criança. Além do grupo social, no qual se inclui a família, a escola e a classe social, isto é, o ambiente social da criança, pode-se citar como fatores externos de grande importância à alimentação, a moradia e a preservação da natureza, sendo que, o ambiente social é colocado em primeiro lugar, por depender da família, da classe social e do tipo de sociedade em que nasce, dando portanto,a perceber que a mesma, vivendo em uma sociedade injustamente desorganizada as pessoas por sua vez são tratadas de forma desigual e conseqüentemente obterá resultados negativos e prejudiciais a sua formação. Caso este seja considerado normal, saudável, com todos requisitos necessários para um bom aproveitamento na escola tende adquirir sucesso em sua vida futura, pois se reconhece que todo indivíduo é movido pela afetividade a qual propicia a necessidade que leva à ação, resultando na interação, alegria, liberdade e sobretudo estímulo, a fim de que seus membros aprendam a aprender, mesmo que sua aprendizagem apareça de maneira lenta.

2.1 – O RESPEITO COMO VALOR ESSENCIAL AO DESENVOLVIMENTO DO SER HUMANO.
O conceito de respeito está intimamente ligado às ações que levam à prática do bem coletivo e favorecem a manutenção da paz, da união e da boa vontade entre os povos. (CHALITA, 2003, pág.162).

O respeito mútuo gera justiça, participação, diálogo e sobretudo a solidariedade, provocando a auto-estima com o princípio de dignidade a cada ser humano participante de um grupo, objetivando propostas fundamentais a cada ser, através de seus conteúdos identificados.

O respeito a todo ser humano independentemente de sua origem social, étnica, religião, sexo, opinião e cultura;

O respeito às manifestações culturais, étnicas e religiosas; O respeito mútuo como condição necessária para o convívio social democrático: respeito ao outro e exigência de igual respeito para si; O repúdio a toda forma de humilhação ou violência na relação com o outro; A compreensão de lugar público como patrimônio de todos, cujo zelo é dever de todos.

As formas legais de lutar contra qualquer forma de preconceito. O respeito é uma virtude fundamental para a vida em comunidade. Infelizmente o seu emprego tem sido relegado a ponto de observamos a acessão do preconceito, da competitividade exacerbada, da banalidade dos relacionamentos, do materialismo e da ambição desmedida. (CHALITA,2003, pág.162).

A partir dos conteúdos propostos reconhece-se que o exercício da cidadania não se traduz apenas pela defesa dos próprios interesses e direitos, passa necessariamente pela solidariedade o que se espera que a democracia seja um regime político humanizado gerando a progressão de todos.

2.2 – PROPOSTA A UM TRABALHO PARTICIPATIVO

Trabalhar de forma a provocar no educando compreensão e boa desenvoltura em suas atividades gerando uma aprendizagem de forma precisa:
- Trabalhar através de dramatizações, situações individuais e comuns, propiciando a cada uma demonstração de sua capacidade de expressão e seu entendimento ao tema proposto;
- Suscitar conversas, envolvendo relatos de brincadeiras, festividades, filmes, acontecimentos sócio-políticos, programas de TV, etc, etc, visando à verbalização;
- Trabalhar experiências vivenciadas, envolvendo a família, escola, acontecimentos culturais, sociais, etc;
- Estimular a leitura de toda forma de material escrito, anúncio de jornais, revistas, rótulos, bulas, folhetos, fichas, etc;
- Dramatizar situações do cotidiano, criando e recriando com entonação de voz, gestos, movimentos do corpo, sentimentos, etc;
- Provocar junto ao grupo brincadeiras com adivinhações, aproveitando para pesquisar junto às famílias outras adivinhações;
- Trabalhar o conhecimento e valorização do ser humano, destacando cada uma individualmente e sua relação com o outro;
- Trabalhar a socialização da criança; respeitando sua individualidade e a do outro, interação das duas (idéias de grupo).
- Trabalhar dinâmica de entrevista, onde cada criança possa entrevistar um funcionário da escola com perguntas relacionadas a aprendizagem.

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao término deste artigo conclui-se que a educação consiste em fazer aflorar o potencial do educando, dando oportunidade de desenvolver suas habilidades dentro do processo educacional de forma individual ou coletiva de superação dos preconceitos, elevando sua auto-estima, pois o educando só é verdadeiramente feliz à medida que sua hierarquia de valores esteja alicerçada no ensinamento de Cristo e sua busca constitui na prática do bem social.
Segundo Piaget (1986) a troca de conhecimentos, de pontos de vista é que auxilia o desenvolvimento do pensamento lógico da criança; daí a importância da interação social que se faz na escola e ainda afirma que, a criança que se sente respeitada na sua maneira de pensar e sentir tem mais probabilidade de respeitar a maneira como as outras pessoas pensam ou sentem.
De acordo Fonseca (1995), o educador tem que acreditar que “ o organismo humano é um sistema aberto e sistêmico e, como tal, a inteligência só pode ser concebida como um processo interacional, flexível, plástico, dinâmico e auto-regulado. Portanto, a motivação é tida como fundamental no processo de ensino-aprendizagem a qual acontece a interatividade do indivíduo ao meio social e grupal, quebrando as barreiras do preconceito e individualidade.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


- Diferenças e preconceitos na escola: alternativas teóricas e práticas/ Coordenação de Júlio Groppa Aquino – São Paulo: Summus, 1998;
- Manual do Magistério – Construtivismo, teoria e prática – São Paulo: Editora Lisa, 1973;
- PILETTI, Nelson. Psicologia educacional. São Paulo: Editora Ática, 1996;
- Proposta Curricular para o Ensino Fundamental – Pré-escolar à 4ª série/ Palmas – TO, 1993;
- Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: apresentação dos temas transversais, ética – Brasília: MEC/SEF,1997.

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