terça-feira, 13 de novembro de 2012

CLAMOR

A lua apareceu com olhos vermelho de tanto chorar
O sol apareceu com a face vermelha e voz rouca de tanto gritar
As estrelas apareceram com o rosto abatido de tanto explicar
Pro sol e pra lua que o amor entre os dois rumo novo terá

O calor do sol no meio do dia
A lua fria no meio da noite
A lua doente de amor em volta ao cobertor
O sol, coitado... clamando pelo sopro do vento
Esperando o afago da lua no meio do tempo

A andorinha, ave bondosa
Essa pede clemencia a lua e ao sol
Que não sofram sozinhos
Mas que protejam a terra da fome, do caloe e do frio...
                                           TOINHA

DOSAGEM DE FÉ


Eu fui e sou... gente
Eu era e serei... pessoa
E sempre serei... particula concreta
Dos sinais sonhados pelo Autor
Dos sonhos realizados á criação

Eu fui esboçada
Na areia do mar milagroso
Eu era pequena imaginação
Agora projeto com inicio e fim
Na mente de um Deus real e perfeito

Eu fui ontem uma semente
Anceio de germinação nasci
Com certeza sou uma plantinha regada
Águia livre a voar e voar...
Mas na condição de reparar meus erros

Eu sou assim... criatura
Irmã na fé de outras tantas criaturas
Certa de que existe um Deus Presente
Meu arquiteto do amor
Meu salvador e Rei.
                    Toinha.

DIRECIONAMENTO

As vezes me baixa uma vontade de desistir
Desistir de lutar por aquilo que não me parece conveniente
Que ultil nunca me parece ser
Que por ironia me veio, sei lá pra que e porque

Tirou me a vontade de buscar
A vontade de velejar no mar da vida
A vontade de o mundo questionar
A vontade de não ter vontade

Correr o risco pra quê?
Apostar em que?
Andar na mesma direção pra ver?
Na duvida sem nunca entender?

O silencio me cobre
A angustia me sufoca
A dor me vem á tona
O vazio me envade

Vem o medo de ir em frente
O medo de buscar o novo
As palavras me falham, perco o rumo
o erro discorda do certo

Vou embora...
Vou navegar...
Vou voar...
No oceano dos sonhos
Vida nova um rumo tomar...
                     TOINHA.